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20 de Abril de 2024
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    FMI reconhece que suas políticas aprofundaram a crise

    O Portal do SINTRAJUD - Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo - traz entrevista com Maria Lucia Fattorelli, na qual ela afirma que o Orçamento Geral da União para o ano que vem prevê R$ 900 bilhões para o pagamento de juros e amortizações da dívida, ou seja, 42% de todos os gastos. Enquanto isso, “O montante de R$ 10,289 bilhões indicado na LOA-2013 para reposição salarial aos servidores corresponde a apenas 5,5% do valor previsto para a folha de pagamento total no corrente ano de 2012 (R$ 187,6 bilhões). Desta forma, verifica-se que a proposta do governo aos servidores mal repõe a inflação deste ano (nos últimos 12 meses, de setembro a setembro/2012, a inflação medida pelo IPCA alcançou 5,28%), e não recupera as perdas históricas que levaram as diversas categorias de servidores ao movimento grevista.”

    Esta política de ajuste fiscal também ocorre na Europa, onde os países também têm adotado as recomendações do FMI: a limitação aos gastos sociais para privilegiar o pagamento de uma questionável dívida, em benefício dos bancos privados. Agora, um Relatório do próprio FMI reconheceu o que todos já sabiam: que estas políticas aprofundam a crise, gerando mais recessão e desemprego, conforme mostra o Portal Esquerda.net, de Portugal. “Por cada euro de cortes públicos, a economia perdeu quase dois euros, diz o Fundo no seu último relatório”.

    Ora, para ser coerente com tal afirmação, o FMI deveria, no mínimo, anular todas as medidas de “austeridade” que impôs aos países Europeus, e os indenizar pelos severos danos sociais e econômicos causados.

    Em contraposição a estas políticas do FMI, o Movimento da Auditoria Cidadã da Dívida na Espanha relembra os 25 anos da morte de Thomas Sankara, líder de Burkina Faso que nos anos 80 derrotou a ditadura e suas políticas recomendadas pelo FMI. Já naquela época, Sankara já denunciava a dominação causada pelo endividamento, em frases que se aplicam perfeitamente ao mundo de hoje:

    “La deuda es una reconquista de África sabiamente utilizada . Se trata de una reconquista que convierte cada uno de nosotros en un esclavo financiero.” (…) “Lo que nos condujo a la deuda fueron los juegos de azar, como si estuvieran en un casino … se habla de una crisis. No. Ellos jugaban. Perdieron … No podemos pagar la deuda porque no tenemos nada que pagar. No podemos pagar la deuda porque no es nuestra responsabilidad”.

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