DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Dia Internacional da Mulher: conquistas paulatinas

Hoje é o Dia Internacional da Mulher, uma data cada vez mais destacada na sociedade contemporânea. No Brasil, não é diferente, só que há dois anos, com a eleição da primeira mulher para a Presidência da República, o destaque ganhou ainda mais relevância por vir acrescentado da conquista de um espaço inimaginável há poucos anos.

Não há praticamente mais nenhuma área de atividade em que a presença feminina esteja interditada - a não ser na hierarquia das Igrejas Católica e Ortodoxa. Mas, até nesse terreno, não se dúvida de que um dia elas cheguem lá.

Infelizmente, a queda da barreira de gênero no campo profissional não é ainda seguida de igualdade salarial universal. Mesmo em sociedades avançadas, do ponto de vista material e cultural, a persistência de bolsões trabalhistas anacrônicos é uma dura realidade. Hoje, certamente, o dia será aproveitado para que essa questão seja mais uma vez exposta em vivas cores.

Os próprios direitos de cidadania da mulher só têm sido positivados depois de muita resistência. Entre nós - não se pode esquecer -, as mulheres só tiveram direito ao sufrágio universal em 1934. Até então, tinham uma condição política semelhante aos menores de idade. Para daí chegar até o posto mais alto do País, foram mais de 70 anos. Nem mesmo o estabelecimento de uma cota de candidaturas femininas pelos partidos provocaram os resultados esperados. E isso é desconcertante, levando-se em conta que no atual governo federal a presença de mulheres é notável.

Depois da revolução de costumes, na década de 70, o papel da mulher passou por transformações cujas consequências não foram ainda de todo dirimidas. Ao entrar para o mercado de trabalho, a mulher provocou modificações na organização estrutural da família, dando ensejo a novas configurações familiares.

As mulheres brasileiras, infelizmente, não se deparam apenas com salários baixos e dupla jornada de trabalho (com tarefas a realizar quando chega em casa), mas também com a persistência de discriminações e preconceitos que se traduzem na forma de violência doméstica, levando a inúmeros assassinatos de mulheres a cada ano. Para enfrentar essa situação, a Lei Maria da Penha tem sido de importância fundamental. A torcida - sobretudo no dia de hoje - é para que seja implementada cada vez mais.