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26 de Abril de 2024
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    DIA DO PROFESSOR - SINDIJUFE-MT SE SOLIDARIZA COM CATEGORIA EM GREVE

    Em homenagem ao Dia do Professor, o SINDIJUFE-MT e a CSP-CONLUTAS manifestam solidariedade aos professores da rede estadual, que desafiam o governo Silval Barbosa e permanecem em greve há 2 meses, na defesa de seus direitos.

    Para o Sindicato e a CSP-CONLUTAS, que vem dando aos professores e estudantes todo apoio, a causa dos professores deve ser apoiada por toda a população, pelo indiscutível quadro de dificuldades em que a categoria se encontra há muito tempo, e sobretudo pela maneira como eles tem sido tratados.

    “Abuso de autoridade, disparos com arma de fogo, falsas acusações. Aconteceu no dia 11 de outubro de 2013 o “Ato por uma educação digna para alunos e professores”, organizado por estudantes secundaristas, contou com a participação de cerca de cinquenta pessoas: estudantes, pais, educadores e comunidade em geral.

    O ato tinha o objetivo de apoiar a luta dos trabalhadores da rede pública de ensino em Mato Grosso. Às 18h, os manifestantes iniciaram o protesto na faixa de pedestres da Avenida Getúlio Vargas, em frente à Praça Alencastro, onde permaneciam por no máximo dois minutos: um sinal fechado, um aberto e outro fechado.

    Tudo corria normalmente, até que um motorista da empresa “Pantanal Transporte” acelerou em direção aos manifestantes, para assustá-los. Os manifestantes fotografaram o motorista, que ficou transtornado e avançou outra vez com o ônibus sobre a faixa de pedestre onde os manifestantes estavam. Inúmeras pessoas atravessavam a rua naquele momento. Houve tumulto. Alguém quebrou o vidro do ônibus e deixou o local.

    Por não terem envolvimento algum com a ação, os manifestantes continuaram realizando o ato por cerca de 40 minutos. Nada temiam, pois não tinham feito nada. O ônibus seguiu. Finalizado o ato, os estudantes resolveram fazer uma reunião para avaliar a manifestação e decidir os próximos passos.

    Concentraram-se na praça Alencastro, pois o ato era público. Não tinham nada a esconder. A reunião acontecia normalmente, quando alguns policiais chegaram querendo levar um dos estudantes, acusado provavelmente por ser negro. As pessoas que ali estavam não aceitaram a injustiça. Argumentaram sobre a inocência do estudante.

    A situação piorou quando o tenente Daniel Brito chegou e fez uma abordagem extremamente violenta, juntamente com seus subordinados. A ação foi filmada e o vídeo foi disponibilizado na internet. Viu-se uma sequência de atos truculentos e desumanos por parte dos policiais. Cerca de 10 manifestantes tentaram se defender, segurando-se uns nos outros. Argumentaram que eram inocentes.

    Ao contrário da versão divulgada pela polícia, não houve nenhuma tentativa de agredir o tenente. Ninguém em sã consciência atacaria um policial armado usando apenas cartazes e apitos.Um estudante que protestava pacificamente foi preso e algemado. Ao questionar a razão da detenção, os professores foram agredidos e presos. Houve disparos de arma de fogo, o tenente usou sua arma conhecida pela sigla PT.40 , algo completamente desproporcional e desnecessário.

    O tenente fez disparos a esmo para intimidar e ameaçar as pessoas. As capsulas recolhidas na praça servem como provas do uso de armas letais na ação. Os policiais apontaram suas armas para a cabeça de manifestantes sob ameaças. Tudo isso ocorrendo no centro da cidade, em horário de grande trânsito de pedestres na principal praça de Cuiabá.

    Dois professores e um estudante foram presos de forma violenta e levados para o CISC Planalto. Um dos professores teve a roupa rasgada, ficou com várias lesões e escoriações pelo corpo. Contra eles, foram feitas algumas acusações, que agora eles terão que responder na justiça.

    Os dois professores, dentre outras acusações, responderão por desacato a autoridade, mecanismo sempre usado quando o cidadão tenta argumentar contra as decisões injustas dos PMs. O estudante é acusado de ter quebrado o vidro do ônibus da empresa de transporte urbano.

    A acusação segue sem provas.Contra a acusação, mais de 50 pessoas afirmam não ser ele o responsável pelo dano."

    Esse texto, escrito pela Oposição Autonomia e Luta, busca esclarecer o que ocorreu na praça Alencastro na última sexta -feira, contrapõe a versão dos policiais que distorceram os fatos e tentam justificar a prisão sem provas e o uso de arma de fogo em uma manifestação legítima.

    "Aos lutadores do povo, toda nossa solidariedade. Aos opressores, dizemos que não nos calaremos e seguiremos lutando. Diremos não a toda e qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais", diz Pedro Aparecido de Souza, diretor do SINDIJUFE-MT. Ele conta que ficou até às 3h da manhã no CISC PLANALTO, no último sábado, até a libertação dos professores e estudantes.

    Leia, a seguir, a nota escrita por Pedro Aparecido no dia do episódio:

    "Hoje dormimos pouco. Ficamos (éramos cerca de 20 pessoas) até cerca de 3 da manhã para liberar os Professores e Estudantes que foram agredidos e detidos pela polícia militar do silval e do capital.

    Ficamos na delegacia, todos, sem arredar o pé até que todos os presos políticos de silval fossem libertados.

    Mais uma vez a polícia de silval agiu e mostrou que está muito bem preparada e treinada para agredir e prender Trabalhadores e Estudantes. Os detidos foram liberados, sendo um somente mediante fiança.

    É a criminalização dos Movimentos Sociais. Com o novo código penal, vulgo chicote de bater em pobre, que vem por aí, o juiz poderá enquadrar no crime de terrorismo. Já estão enquadrando no crime de segurança nacional e crime de quadrilha.

    Polícia para quem precisa: silval, riva, blairo, mauro, lula, dilma, maluf, fhc, alckmin, sarney, eike, dantas e o resto todo.

    Desmilitarização da pm já e controle da polícia pelos Trabalhadores.

    Dormimos pouco. A ditadura de Classe não nos permite um sono profundo. A não ser para os iludidos.

    Parabéns aos Professores e Estudantes que protestaram nas ruas e na delegacia. Que a Greve continue. Não passarão!"

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/dia-do-professor-sindijufe-mt-se-solidariza-com-categoria-em-greve/111942321

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